Do Blog "Doce Declínio"
Bem, Olhos Azuis é um filme que estreou sexta passada nos cinemas por aqui. Eu fui ver a esse filme na pré-estréia e pretendia escrever esse texto a uma semana atrás, mas esqueci! Sou mesmo um esquecido, de qualquer forma, antes tarde do que nunca, posto hoje, na quarta feira. Primeiro, para quem acha importante, vou colar aqui a sinopse que achei em um site qualquer (da veja de sp, eu acho). Se você for como eu pode pular o próximo parágrafo, mas se for normal, leia tudinho mesmo:
No passado, Marshall (o ator americano David Rasche) cumpre seu último dia na função de fiscal da polícia de imigração num aeroporto dos Estados Unidos. Prestes a se aposentar, ele decide tornar torturante o processo de entrada de alguns passageiros naquele país. Na fila para uma entrevista, há um modesto empresário nordestino (papel de Irandhir Santos), um casal de poetas argentinos, uma dançarina cubana e um grupo de lutadores hondurenhos. A narrativa no presente começa ambientada no Recife, onde Marshall pede a ajuda de uma garota de programa (Cristina Lago) para descobrir o paradeiro de uma menina. Sabe-se de antemão que as duas tramas, ambas nervosas, vão convergir para um desfecho dramático.”
Pronto. Eu não gosto de saber das história, porque tento ao máximo impedir que eu descubra o final ou o meio do filme, sabe, detesto perder as surpresas. Graças a Coevos Filmes, tive a oportunidade de assistir ao longa de José Joffily antes da estréia – e digo logo, é um filme excelente.
Tem uma tribo de pessoas que não assiste ou não gosta de filmes brasileiros pela precariedade de produção, mas vou dizer: Olhos Azuis parece até filme americano. O som é impecável (diferente de Lisbela e o Prisioneiro, por exemplo, que não se ouve porcaria nenhuma), a imagem é muito bem trabalho, a história é muito bem contada e o meu destaque para o filme: os atores são sensacionais – David Rasche e Irandhir Santos criam personagens difíceis de esquecer.
O drama envolve muitas questões e faz você se perguntar várias coisas, do tipo, quem tem razão? Os dois lados são mostrados inúmeras vezes – o que abusa e o que é abusado. A história cria momentos tensos do inicio ao fim, de modo que as quase duas horas de filme passam rapidamente, de um jeito bom.
Só havia visto um filme de José Joffily, um bem cru – 2 perdidos numa noite suja. Mas Olhos Azuis vai muito mais longe, tratando de um tema ligeiramente semelhante – o estrangeiro nos EUA. Não vá ao cinema esperando um filme pipoca, mas sim um longa capaz de criar reflexões sobre o mundo em que vivemos e até sobre sua própria vida, seu modo de se relacionar com as pessoas – seja no trabalho ou na família.
Como já dito o filme é belíssimo e se me repito dizendo que os atores são fantásticos e o som excelente, é porque não quero revelar nada da trama, capaz de deixá-lo ligado até a cena final. Ganhou vários prêmios e por mim merece muitos mais. Veja. Mas veja não apenas com os olhos, veja com a cabeça também.
É isso.
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