Quando um filme é bom saio mareado do cinema, ainda com certa vertigem provocada pelas ações de algum personagem. Ou, então, muito satisfeito por ter mergulhado na telona. De um modo ou de outro o espectador poderá se sentir ao assistir Olhos azuis (2009), novo longa do cineasta José Joffily.
O ator americano David Rasche faz o papel de Marshall, chefe do Departamento de Imigração do aeroporto JFK, em Nova Iorque, que resolve comemorar seu último dia de trabalho complicando a entrada de imigrantes nos Estados Unidos, muitos deles latino-americanos. O premiado ator pernambucano Irandhir Santos - também em cartaz em Quincas Berro D’Água e Viajo porque preciso, volto porque te amo- dá vida a Nonato, um brasileiro radicado nos EUA, que é humilhado num interrogatório sofrível.
Para completar o time de imigrantes que aguardam a aprovação de um visto, estão dois poetas-traficantes argentinos (Valéria Lorca e Pablo Uranga), um grupo de lutadores hondurenhos e uma bailarina cubana - interpretada por Branca Messina. Mas é no duelo entre Irandhir e David que está a trama, os dois atores nos oferecem um trabalho de primeira, que faz jus aos prêmios recebidos mundo afora.
Destaca-se também a atuação de Cristina Lago, como a nordestina Bia, e Eraldo Pontes, que numa única cena ganha o filme. E, ainda, a trilha sonora de Jaques Morelenbaum. Um thriller psicológico das diferenças – o roteiro é assinado por Paulo Halm e Melanie Dimantas - que prende o espectador às burocracias e às injustiças de um departamento de imigração e deságua num Brasil que foge dos estereótipos dos cartões-postais.
Impossível não se sensibilizar com quem está do outro lado da persiana, à espera de um carimbo que pode mudar o rumo de sua história. Num mundo em que a questão da imigração é cada vez mais presente, ainda mais em se tratando da América do Norte ou da Europa, mesmo quem não passou por tal situação se lembrará de algum caso semelhante, seja um amigo ou o conhecido de um amigo. Em Olhos azuis o público é levado a refletir sobre a ignorância, e, quem sabe, entender que do mesmo modo como oprime, a ignorância também pode libertar.
O ator americano David Rasche faz o papel de Marshall, chefe do Departamento de Imigração do aeroporto JFK, em Nova Iorque, que resolve comemorar seu último dia de trabalho complicando a entrada de imigrantes nos Estados Unidos, muitos deles latino-americanos. O premiado ator pernambucano Irandhir Santos - também em cartaz em Quincas Berro D’Água e Viajo porque preciso, volto porque te amo- dá vida a Nonato, um brasileiro radicado nos EUA, que é humilhado num interrogatório sofrível.
Para completar o time de imigrantes que aguardam a aprovação de um visto, estão dois poetas-traficantes argentinos (Valéria Lorca e Pablo Uranga), um grupo de lutadores hondurenhos e uma bailarina cubana - interpretada por Branca Messina. Mas é no duelo entre Irandhir e David que está a trama, os dois atores nos oferecem um trabalho de primeira, que faz jus aos prêmios recebidos mundo afora.
Destaca-se também a atuação de Cristina Lago, como a nordestina Bia, e Eraldo Pontes, que numa única cena ganha o filme. E, ainda, a trilha sonora de Jaques Morelenbaum. Um thriller psicológico das diferenças – o roteiro é assinado por Paulo Halm e Melanie Dimantas - que prende o espectador às burocracias e às injustiças de um departamento de imigração e deságua num Brasil que foge dos estereótipos dos cartões-postais.
Impossível não se sensibilizar com quem está do outro lado da persiana, à espera de um carimbo que pode mudar o rumo de sua história. Num mundo em que a questão da imigração é cada vez mais presente, ainda mais em se tratando da América do Norte ou da Europa, mesmo quem não passou por tal situação se lembrará de algum caso semelhante, seja um amigo ou o conhecido de um amigo. Em Olhos azuis o público é levado a refletir sobre a ignorância, e, quem sabe, entender que do mesmo modo como oprime, a ignorância também pode libertar.
Confira a entrevista feita com o diretor José Joffily e o ator Irandhir Santos:
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